HORSEMANSHIP NA EQUITAÇÃO ESPECIAL (EQUOTERAPIA)

Horsemanship na equitação especial

Existem quatro princípios básicos para aqueles que trabalham com o cavalo de Equoterapia desenvolverem melhor seu feeling e melhorar o rendimento dos animais no ambiente terapêutico:

1) Aprender a pensar como os cavalos pensam: os cavalos são animais que possuem características instintivas de presas. Os seres humanos são predadores natos, também com características naturais de predadores. Se pensarmos como predadores para trabalhar com presas, estamos gerando sempre medo e desconfiança, resultando na queda de desempenho, quando não em acidentes de trabalho. Para aprender a pensar como presas devemos estudar o comportamento natural dos cavalos.

2) Aprender a pensar e enxergar do ponto de vista do cavalo, de acordo com sua natureza: temos que nos acostumar cada vez mais a enxergar o ponto de vista dos cavalos nas rotinas do dia a dia. Estudando o comportamento natural dos cavalos, devemos sempre fazer a seguinte pergunta: “Se eu fosse presa, , um cavalo, de acordo com a natureza destes animais, como eu reagiria a esta ou aquela situação?”

3)Ter um “timing” apurado: timing significa ter uma noção exata de quando, como e porque fazer algo positivo ou punitivo a um cavalo. Devemos aprender a julgar situações em frações de segundos para que possamos corrigir ou reforçar positivamente um cavalo nas rotinas do dia a dia;

4)Ter um foco definido: temos que saber exatamente o que queremos com um cavalo, tanto em termos de futuro, projetos, idéias e planos, como no simples colocar de um cabresto. Sem um foco claro do que queremos, estaremos gerando dúvida e confusão, o que conseqüentemente nos colocará diante de um cavalo com medo e apreensão.

Os cavalos são como são.

 Simples, descomplicados e principalmente justos com tudo o que fazem ou agem.

Curiosos e de pensamentos diretos, os cavalos processam as informações vividas de uma forma diferente dos seres humanos.

Pense em uma criança aprendendo a escrever.

Quanto mais ela pratica, mais melhora sua escrita.

Os cadernos de caligrafia servem para que a qualidade da letra melhore, assim como a rapidez e a fluidez da escrita.

Um cavalo assimila a informação de uma forma totalmente oposta.

Ao acertar um exercício por poucas vezes repetidas o cavalo começa a processar o aprendizado pelo alívio e relaxamento após o último exercício correto. Imagine um cavalo aprendendo a saltar.

Não é a quantidade de saltos repetidos que melhorará o salto do cavalo, mas sim a qualidade de poucos saltos bem dados e depois um momento de relaxamento e alívio desta pressão.

Aqueles segundos ou minutos de relaxamento são exatamente os momentos de aprendizado de um cavalo.

De nada adianta ficar repetindo uma manobra inúmeras vezes pensando que a cada repetição ele melhorará esta manobra. Ao contrário, quanto mais se repete a mesma coisa, mais o cavalo vai achar que está errando, e tentará mudar algum detalhe desta manobra na tentativa de acertar.

E, ao mudar, aí sim erra! E, errando, iremos corrigi-lo ou puni-lo por algo que ele pensou estar fazendo certo.

Imagine a confusão na cabeça deste cavalo. Da mesma forma que no aprendizado, um cavalo deve aprender a viver por si mesmo, “assumindo as responsabilidades da vida”.

Todos os que montamos a cavalo temos alguns momentos onde temos que ensinar algo a nossos cavalos.

Seja no passeio, quando temos que atravessar uma ponte ou um local estreito, seja no esporte em uma manobra ou exercício, seja no manejo geral como, por exemplo, ficar amarrado ou quieto.

Um cavalo está sempre aberto ao aprendizado, mas, quando este é feito de uma maneira forçosa ou extremamente vertical, a qualquer custo, o mesmo não acontece, ou seja, o cavalo não aprende nada.

Todas as vezes que o medo e for a tônica de uma situação de aprendizado, na verdade não temos o aprendizado consolidado. Além disso, devemos entender qual o exato momento em que um cavalo aprende ou assimila algo que lhe apresentamos. E, este momento é crucial para que o processo seja completo de forma produtiva.


Encantar não é fazer o cavalo andar atrás ou ensina-lo a ficar parado do lado do encantador. Não existem encantadores. Os resultados de um encantonada mais são do que resultados de um trabalho baseado na experiência das pessoas com os cavalos, e isto muito pouco se tem no Brasil. Portanto, um primeiro passo é acabarmos com os encantamentos e seus encantadores, e sim valorizarmos a experiência das pessoas.

D Garcia - correção de aprumos em equinos


- São Paulo - SP
Fone (11) 9647-1733

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